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segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Leitura de início de ano

 Sheila Sacks /
A democracia prima pela liberdade de ação e de expressão, porém se cerca de salvaguardas. 

Na democracia brasileira, manifestações de cunho racista e preconceituoso, envolvendo raça, cor, etnia religião ou procedência nacional,  são entendidas como crimes inafiançáveis e imprescritíveis. 

Nesse início de 2019 vale ler (ou reler) a Lei 7.716, de 1989 (com as alterações registradas pela Lei 9.459, de 1997), e o artigo 140 do Código Penal. Lembrando que só existem opções quando se tem informação.


Dia Nacional do Leitor (7 de janeiro)

O mais recente livro do novaiorquino Jaron Lanier, pioneiro da internet e da realidade virtual, põe em xeque o uso das redes sociais. 

“Dez argumentos para deletar agora as suas redes sociais” vai de encontro ao pensamento de outros ícones do mundo virtual que abandonaram as redes  como o colunista americano de tecnologia Walt Mossberg (‘as redes sociais deixam a sociedade mais vulnerável’), o cofundador da Apple, Steve Wozniak (‘as redes transformam usuários em produtos’) e o ex-executivo do Vale do Silício, Chamath Palihapitiya (‘as redes sociais estão levando as sociedades à desinformação e à falsidade’).

Circulação de fake news, vazamento de dados pessoais, polarização de temas (ou ‘ativismo de sofá’, segundo Bauman), inversão de valores e o uso deletério do tempo são algumas causas apontadas. Lanier, que não tem conta em redes sociais, deixa claro o motivo: “Evito as redes sociais pela mesma razão que evito as drogas.”

Mas, para contatos profissionais e desenvolvimento de trabalhos, determinadas redes têm se mostrado eficazes, e no campo da administração pública governos se utilizam com sucesso das redes para veicularem informações, explicações e as políticas adotadas.

Assim, o uso consciente e parcimonioso das redes ainda é a alternativa mais viável para quem não se sente capaz de adotar soluções radicais.


Quem vive sem ele?

O mais recente balanço da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) aponta que o Brasil tem 231,8 milhões de linhas de celular, mais que o número total de sua população estimada em 208,5 milhões de habitantes, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).  

O país é o quarto em número de linhas de celular, atrás da China, com 883,3 milhões, Índia (670,6 milhões) e os Estados Unidos (285,6 milhões). Cabe ainda ao Brasil o título de maior produtor de lixo eletrônico da América Latina (1,5 mil toneladas anuais) e o 7º maior do mundo, de acordo com o estudo Global E-Waste monitor, realizado pela ONU.

Em 2018, o Brasil ficou no topo do ranking dos países que mais recebem ligações de spam. Cerca de 37,5%. Seguido pela Índia (22,3%) e Chile (21,9).

Quanto ao tempo despendido no universo online, somente os habitantes da Tailândia e das Filipinas ultrapassam os brasileiros no uso diário da internet, que por aqui é acessada 70% via celular. Nos dois países asiáticos, a média de tempo online varia entre 9h24m e 9h38m, e no Brasil está em torno de 9h14m. A pesquisa é dos sites Hootsuite e We are Social.

E pensar que até 1984, quando o primeiro telefone móvel chegou ao mercado, a humanidade caminhava sem essa maquininha....


No reino do café

Maior produtor e exportador mundial de café do mundo, o Brasil também já desponta como o maior consumidor global da bebida. 

O consumo médio em 2018 alcançou 839 xícaras por pessoa/ano, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), totalizando uma demanda interna de 23,9 milhões de sacas de café (os Estados Unidos é o líder, com um consumo anual de 27 milhões de sacas).

No total, o país exportou este ano 61,7 milhões de sacas (60 kg), o que rendeu 25 bilhões de reais e gerou 8 milhões de empregos na cadeia produtiva. EUA, Alemanha e Itália se mantiveram, respectivamente, como os três principais destinos do café brasileiro.

O Brasil também é o maior fornecedor mundial de cafés especiais com cerca de 9,7 milhões de sacas anuais exportadas para os Estados Unidos, países da Europa e Japão. Em novembro, um lote de café especial brasileiro foi negociado a 19 mil dólares por saca, o equivalente a 315 dólares por quilo.

O estado de Minas Gerais é o maior produtor de café, representando 53% de produção nacional, com 30,7 milhões de sacas anuais. São 4.500 propriedades de cultivo de café em 55 municípios do cerrado mineiro. Em seguida vem o estado do Espírito Santo (12,81 milhões) e São Paulo (6,07 milhões). Bahia Rondônia e Paraná têm uma produção menor.

Mais de 50 países cultivam o café e a produção mundial gira em torno de 164 milhões de sacas por ano. O Vietnam é o segundo maior produtor mundial de café, com 30 milhões de sacas anuais. A Colômbia produz 14 milhões de sacas. A cada ano, as pessoas ao redor do mundo bebem mais de 500 bilhões de xícaras de café, e as fazendas de café oferecem sustento para mais de 25 milhões de pessoas.

Em Santos, no litoral paulista, o Museu do Café (onde funcionavam a Bolsa e o Pregão do Café, no início do século passado) é o monumento vivo da história do ciclo do café, um grão conhecido no século 19 como “ouro negro” e que mudou o cenário econômico do país. O dia mundial do café é comemorado em 14 de abril.


Recorde de visitantes

O Parque Nacional de Iguaçu, onde estão as Cataratas de Foz de Iguaçu, completou 80 anos em 10 de janeiro. 

Considerado Patrimônio Mundial Natural pela Unesco, em 1986, o parque, na atual temporada de 2018, bateu recorde de visitantes com 1,8 milhão de ingressos vendidos. 

Apontado pela revista americana Forbes um dos 18 melhores destinos do mundo para serem visitados em 2018, as Cataratas também é uma das sete novas maravilhas da natureza. Pesquisa mundial realizada na internet pela Fundação “New 7 Wonders”, com sede em Zurique, proclamou em 2012 as Cataratas, e também a Floresta Amazônica, como  “News 7 wonders of Nature”. 

Um feito que fez do Brasil o único país a ter duas maravilhas entre as sete, a saber: a ilha de Jeju, na Coreia do Sul, o rio subterrâneo de Puerto Princesa, nas Filipinas, a baía de Halong, no Vietnã, o Parque Natural de Komodo, na Indonésia, e a montanha da Mesa, na África do Sul.

As Cataratas do Iguaçu foram incluídas na lista dos 18 melhores destinos do mundo para serem visitados em 2018, pelo Guia de Viagem da Forbes, a mais antiga revista de negócios dos Estados Unidos. 

Em 2012, a Fundação “New 7 Wonders”, com sede em Zurique, promoveu uma pesquisa mundial pela internet que durou quatro anos para escolher as 7 maravilhas da natureza (News 7 wonders of Nature). As Cataratas foi uma das escolhidas, assim como a Amazônia, o que fez do Brasil o único país a ter duas maravilhas entre as sete.

As demais maravilhas mais votadas foram: a ilha de Jeju, na Coreia do Sul, o rio subterrâneo de Puerto Princesa, nas Filipinas, a baía de Halong, no Vietnã, o Parque Natural de Komodo, na Indonésia, e a montanha da Mesa, na África do Sul.


Cidade dos Jacarés  

Mais de 5 mil jacarés do papo amarelo vivem na zona Oeste do Rio de Janeiro, no complexo lagunar de Jacarepaguá, uma área de 280 Km2 que vai do bairro de Jacarepaguá aos bairros da Barra da Tijuca e Recreio.


Ambientalistas pedem que os governos estadual e federal criem a cidade dos jacarés, um parque ecológico para preservar esses répteis que atualmente são vítimas da expansão imobiliária desordenada.

Não é raro encontrar jacarés em vias públicas, praias, próximos a shoppings e até dentro de piscinas em áreas residenciais. O Corpo de Bombeiros que faz o resgate dos animais tem alertado para as pessoas não tirarem selfies perto de jacarés, nem darem comida, tocar neles ou atiraram pedras.

Os jacarés e seus primos crocodilos e aligátores surgiram na Terra há 200 milhões de anos. Contemporâneos dos grandes dinossauros, medem em média 2 metros e vivem 50 anos. É uma espécie característica da Mata Atlântica.


Sua preservação passa pela criação de um habitat ecológico que os livrem de morrer em canais poluídos, com os estômagos cheios de tampinhas de alumínio, pedaços de garrafas pet, sacolas plásticas e outros tipos de materiais lançados irresponsavelmente nos mananciais.