por Sheila Sacks
O ano de 2010 se iniciou com a divulgação de dados preocupantes para o Judaísmo. Uma pesquisa encomendada pela Agência Judaica mostrou que 2009 acumulou mais agressões antissemitas que qualquer outro ano desde o término da 2ª Guerra Mundial, em 1945. Agressões estimuladas, em sua maioria, pelo conflito em Gaza (janeiro de 2009). Em paralelo, a consulta também revelou um detalhe perturbador: 42% dos entrevistados responderam que os judeus fazem uso das lembranças terríveis do Holocausto para levar vantagem. Segundo a agência espanhola EFE, a percepção de que “ os judeus exploram as perseguições do passado para extorquir dinheiro” chega a 75% entre os espanhóis e poloneses participantes da enquete.
Vale lembrar que em 2001, em uma das raras pesquisas de campo sobre o antissemitismo no Brasil, constatou-se que 89% dos brasileiros nunca tinham ouvido falar em Holocausto; 32% nem sabiam que houve extermínio em massa dos judeus pelos nazistas durante a 2ª Grande Guerra; e somente 5% dos entrevistados conheciam o significado de Auschwitz, Dachau e Treblinka. Realizada pelo Ibope por solicitação do Comitê Judaico Americano (AJC), a mesma consulta ainda registrou que, apesar do desconhecimento geral sobre o assunto, 35% dos brasileiros entrevistados acreditavam que “os judeus estavam explorando a lembrança do extermínio de seu povo pelos nazistas para objetivos próprios” (contra 46% que discordaram dessa afirmação).
Diante dessas amostras fica claro que uma parte da humanidade deseja varrer para debaixo do tapete a mais hedionda matança planejada de todos os tempos. Para essas pessoas é um tema incômodo de se lidar porque expõe publicamente e de maneira cruel as fraquezas, limitações e dubiedades morais do ser humano em determinados acontecimentos. Melhor seria, pensam, que esse assunto se mantivesse restrito a quatro paredes, a colóquios íntimos, a estudos acadêmicos, homenagens privadas e...só.
O ano de 2010 se iniciou com a divulgação de dados preocupantes para o Judaísmo. Uma pesquisa encomendada pela Agência Judaica mostrou que 2009 acumulou mais agressões antissemitas que qualquer outro ano desde o término da 2ª Guerra Mundial, em 1945. Agressões estimuladas, em sua maioria, pelo conflito em Gaza (janeiro de 2009). Em paralelo, a consulta também revelou um detalhe perturbador: 42% dos entrevistados responderam que os judeus fazem uso das lembranças terríveis do Holocausto para levar vantagem. Segundo a agência espanhola EFE, a percepção de que “ os judeus exploram as perseguições do passado para extorquir dinheiro” chega a 75% entre os espanhóis e poloneses participantes da enquete.
Vale lembrar que em 2001, em uma das raras pesquisas de campo sobre o antissemitismo no Brasil, constatou-se que 89% dos brasileiros nunca tinham ouvido falar em Holocausto; 32% nem sabiam que houve extermínio em massa dos judeus pelos nazistas durante a 2ª Grande Guerra; e somente 5% dos entrevistados conheciam o significado de Auschwitz, Dachau e Treblinka. Realizada pelo Ibope por solicitação do Comitê Judaico Americano (AJC), a mesma consulta ainda registrou que, apesar do desconhecimento geral sobre o assunto, 35% dos brasileiros entrevistados acreditavam que “os judeus estavam explorando a lembrança do extermínio de seu povo pelos nazistas para objetivos próprios” (contra 46% que discordaram dessa afirmação).
Diante dessas amostras fica claro que uma parte da humanidade deseja varrer para debaixo do tapete a mais hedionda matança planejada de todos os tempos. Para essas pessoas é um tema incômodo de se lidar porque expõe publicamente e de maneira cruel as fraquezas, limitações e dubiedades morais do ser humano em determinados acontecimentos. Melhor seria, pensam, que esse assunto se mantivesse restrito a quatro paredes, a colóquios íntimos, a estudos acadêmicos, homenagens privadas e...só.
Mas, contrariando essa sinuosa corrente que trabalha para desvirtuar e descaracterizar as ações em prol da lembrança do Holocausto, fortalecem-se a discussão pública, o empenho de compartilhar essa experiência escabrosa com as gerações contemporâneas e a vontade férrea de um povo no sentido de que jamais se instale e se repita uma anormalidade institucional desse calibre em qualquer nação de nosso planeta. Ações educativas e esclarecedoras prosseguem em todos os rincões onde o sopro da vida anima e encoraja, malgrado às resistências, as insinuações perversas e a irritação daqueles para quem a existência humana não vale um vintém.